quinta-feira, 19 de março de 2015

Um "exército" de mulheres em busca da liberdade: Lakshmi Sehgal e o “Rani de Jhansi”


Lakshmi Sehgal é conhecida como uma mulher revolucionaria no movimento de independência da Índia. Nasceu em 24 de outubro de 1914, em Madras (hoje chamada de Chennai) e faleceu em 23 de Julho de 2012 em Kanpur. Ela fazia parte do exército nacional indiano e mais tarde se tornou ministra dos assuntos para mulheres durante o governo de Azad Hind. Em 1940, comandou o regimento Rani de Jhansi, tendo como objetivo derrubar o Raj britânico na Índia colonial. Esse regimento era uma exceção à época, pois seus combatentes eram apenas mulheres e foi nomeado desta maneira por causa de outra revolucionária feminista da Índia, chamada Rani Lakshmlbal, uma das lideres da rebelião indiana em 1857. (CAPTAIN LAKSHMI...,2012; )
Assim como muitas outras, Lakshmi foi uma mulher revolucionária que sacrificou seu tempo e sua vida buscando o que ela acreditava ser certo e para isso lutou contra o sistema e ideologias de sua época. Ao analisarmos a historia, encontramos os homens como “personagens principais” e esquecemos-nos dos grandes feitos de muitas mulheres. Em algumas décadas passadas as mulheres ainda não tinham noção que a união das mesmas podia fazer uma enorme diferença. (WALTERS, 2005) 
 
A homogeneização do debate feminista


A partir do partir do século XIX com o desenvolvimento capitalista em vários Estados, varias mulheres começaram a perceber a existência de outras em várias partes do mundo que compartilhavam um mesmo objetivo: elas podiam realizar grandes feitos,  exercer o mesmo papel dos homens, realizar as mesmas tarefas e serem respeitadas de igual para igual.  Assim, as mulheres começaram a entender a logica socialista, anarquista e comunista, fizeram contatos internacionais, trocaram discussões e experiência entre elas, proporcionando certa homogeneização do debate feminista acerca da participação da mulher, de questões e educação, política, casamento e trabalho e mostraram a necessidade das mulheres em direito ao divórcio, ao voto e a propriedade privada. Ao longo dos séculos elas foram lutando para obter um papel significativo na sociedade com direitos iguais aos direitos que antes eram restritos apenas aos homens.  (WALTERS, 2005) 
Pode-se dizer que Lakshmi Sehgal contribuiu significantemente para o debate feminista. Ela foi uma mulher que, como muitas outras, lutou e continuou lutando até a sua morte pelo que acreditava ser o melhor. Cada fase de sua vida representou uma evolução política: de jovem estudante que ficou atraída para a luta pela liberdade, de líder de um regimento composto por mulheres para  uma médica que ajudava os refugiados e marginalizados da sociedade e por fim para um membro do Partido Comunista da Índia e da All India Democratic Women's Association (AIDWA). (MENON, 2012). Segundo Lakshmi, "a liberdade vem em três formas: A primeira é a emancipação política do conquistador, a segunda é a econômica [emancipação] e o terceiro é o social...A Índia só alcançou a primeira" (LAKSHMI SEHGAL)

Bibliografia:

CAPTAIN LAKSHMI. The Economist. 4 Ago. 2012 Disponível em:< Bibliografia I> Acesso em: 19 Mar. 2015
MENON, Parvathi. Captain Lakshmi Sehgal (1914-2012) - A life of struggle. The Hindu. 24 Jul. 2012. Disponível em<Bibliografia II> Acesso em: 19 Mar. 2015
WALTERS, Margaret. Feminism. A very short Introduction. New York: Oxford, 2005

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